Fig.( D.Pedro Óleo de S.R. de Sá - Museu Imperial. Petrópolis )
Para formalizar o reconhecimento da independência brasileira, o governo britânico exigiu que o Brasil pagasse um débito de 2 milhões de libras que Portugal devia a Inglaterra. A Independência do Brasil, oficializada por um grito, foi resultado de um arranjo político (desprovido de mudanças sociais) preparado por um grupo de representantes das classes dominantes da época, empenhados no rompimento dos laços com a Corte Portuguesa sem mexer nas estruturas já existentes.
Esse “arranjo” manteve a monarquia, a escravidão e o latifúndio. A grande massa da população, afastada do processo decisório, continuou na miséria. Daí o historiador Mário Schmidt afirmar que o grito “Independência ou Morte” significava: Independência para as elites e Morte para o povo.
A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. As bases sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.
BOM
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