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sábado, 10 de setembro de 2011

Hino de Aliança – PE

Composição: Marcus Accioly

Ó cidade onde o mar acende o cais

de uma estrela de ruas: Aliança

tu recuas da mata e o verde avança

com a bandeira dos teus canaviais.

Eis que um tempo de engenho, avós e pais,

vêm do branco, do negro e do tupi,

o futuro é agora e é aqui

no passado presente na memória desta terra onde o povo escreve a história

sobre as águas do Rio Siriji.

Deus te deu a natureza

livre de cercas e redes; o branco de um rio-nuvem

o azul de um céu sem paredes o amarelo dos canários

e os verdes das canas verdes.

Amanhece um dia em cada ano

sob o fogo no pássaro solar, quando a noite abre o peixe do luar

brilham chuvas de escamas no oceano que tem arcos e flechas: Laureano,

onde o verde de azul na luz se veste e da praia-sertão à mata-agreste.

Macujê, Tupaoca, Upatininga, do bagaço espremido pela Usina

onde o pranto é suor, sangue é Nordeste.

Deus te deu a natureza

livre de cercas e redes; o branco de um rio-nuvem

o azul de um céu sem paredes o amarelo dos canários

e os verdes das canas verdes.

Tu que vens da montanha e sua Chã

como uma onda de homens que se lança dos irmãos aliados de Aliança,

Chã do Esconso e Caueiras no amanhã tens a paz por destino e sua clã

de silêncio em teus muros, ó cidade, mas na hora em que a Pátria é a verdade

os teus lábios se rompem contra a voz que guardada no peito é mais feroz

e lutar por um nome: Liberdade.

Deus te deu a natureza

livre de cercas e redes; o branco de um rio-nuvem

o azul de um céu sem paredes o amarelo dos canários

e os verdes das canas verdes.

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